No começo do mês, dia
(07), a companhia teatral Porto Cênico, de Itajaí, completou 10 anos de
atividade e apresentou seu mais novo espetáculo, “A Bolsa Amarela”. A peça é
uma adaptação do livro de mesmo nome da escritora Lygia Bonjuca e conta a
história de Raquel, uma menina que vive em conflito com suas ideias e vontades,
e não se sente compreendida por sua família. O Coletivo focasdafoto esteve por
lá e fez algumas fotos do evento.
Raquel tem muitas
vontades. Vontade de crescer, ser adulta, e de ser menino, porque seus pais não
a deixam soltar pipa, jogar bola, coisas ditas como “de menino” por eles. A
partir disso, Raquel começa a escrever e usar toda sua imaginação, mas logo sua
família descobre e todos riem de suas cartinhas. Ela quer ser grande, porque
segundo ela, vai poder fazer o que quiser. Sua vida muda quando ganha de sua
tia uma bolsa amarela, onde passa a guardar seus sentimentos, angústias e
ideias, e de onde surgem várias histórias como a do Galo e da Sombrinha que se
apaixonam. As vontades de Raquel crescem e diminuem, enchendo e esvaziando a
bolsa ao longo da trama.
Apenas duas atrizes compõem
o espetáculo, Aline Barth e Caroline Carvalho. Elas estão juntas na hora de interpretar
Raquel, apesar de isso parecer estranho,
deu um ar diferente e inovador, e fez com que a plateia tivesse que ficar atenta
para não se perder. Os outros personagens são representados por objetos, como
um jornal aberto para o pai e um tricô para a mãe.
“A Bolsa Amarela” é
um espetáculo simples e apesar de ser feito para o público infantil, tira
risadas e envolve os adultos com facilidade. É feito para usar a imaginação e
pede, ao final da peça, um reflexão sobre como os adultos lidam com as crinças,
já que muitas vezes não respeitam seus pensamentos e desejos.
Já conhecia a
história, pois quando estava no Ensino Fundametal li a obra original. Na
ocasião, me recordo de ter gostado da leitura e por isso fui com o olhar mais
crítico ao teatro. A peça me fez lembrar a infância, nos momentos em que
queremos crescer, e trouxe um sentimento nostálgico ao voltar a ver uma
história a tanto tempo conhecida. Recomendo para toda a família.
Texto: Bruno
Golembiewski
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